segunda-feira, 7 de maio de 2012

Aprender espanhol em Buenos Aires: a missão - Parte I

Amanhã completará 01 mês que me mudei para Buenos Aires. Nesse tempinho fiz muita coisa: morei em um apart, visitei alguns apartamentos, mudei-me, comecei a desempacotar a mudança, resolvi documentação, andei pela Recoleta, providenciei telefone e tentei abrir conta no banco, entrei na academia, entre mil e outras pequenas coisas que temos que resolver quando mudamos de cidade. Uma coisa eu não fiz: falar com os porteños.

E por que não conversei com as pessoas na rua ou com as mucamas que infernizavam minha vida no hotel? Porque, simplesmente, não falo espanhol. E não falo assumidamente! Não gosto (e acho feio) falar portuñol. Não quero (como ouvi outro dia) pedir um sanduíche quiente. Se não falo, não falo e pronto! Além disso... ô povinho que fala rápido!

Quando soube que viria para cá, comecei a procurar cursos de espanhol! Para principiante mesmo, sabe? Nada de dizer "compreendo, mas não escrevo", como colocamos no curriculum! A boa notícia é que há muitas opções.

Primeiramente, todo mundo tem um professor particular para indicar, mas não era isso o que eu procurava. Queria voltar à sala de aula, com turminha e prova, sabe? Qual a melhor maneira de conhecer gente e de se obrigar a estudar? Quando eu morava na Indonésia, comecei a fazer aulinhas particulares de bahasa indonésio, mas vi que não funcionaria para mim: eu sempre tinha algo mais importante a fazer e desmarcava a aula.

Uma boa opção é dar uma olhada nos sites das universidades locais. E há muitas! Quase todas oferecem cursos de espanhol. Procurei a UBA, pois, aparentemente, é uma das maiores por aqui! Algumas coisas me atraíram:
  • O fato de ser em uma universidade: assim, temos contatos com outros alunos e temos acesso à biblioteca;
  • Eles têm turmas para brasileiros, o que eu achei legal. Por razões óbvias, temos mais facilidade para aprender espanhol do que um norte-americano ou um alemão. Além disso, tive uma experiência interessante na Indonésia: abandonei um curso de francês, pois, por falar uma língua latina, tinha mais facilidade e aprendia mais rápido do que os indonésios (cuja língua em nada se assemelha ao francês).
Enfim! Finalmente hoje era o dia da inscrição e lá fui eu: peguei um taxi e gastei quase todo o meu espanhol: "25 de mayo, número 221, por favor". Parei em um prédio que me lembrou a Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia - aliás, que deve lembrar todos os prédios de federais no Brasil: caindo aos pedaços.

Relutantemente, fiz uma prova de nivelamento. Expliquei-me duas vezes: "não falo espanhol, nunca tive uma aula de espanhol na vida, logo estou no nível elementar". Curta e grossa, a professora me disse que é ela quem decide se eu falo espanhol ou não. Uma hora depois fui nivelada como pré-intermediária. Voltei para casa feliz da vida ao descobrir que sei, sim, falar um pouquinho de espanhol e que a minha vergonha em falar portuñol só me fez perder momentos legais no meu primeiro mês aqui.

Como desde o início gostei da proposta da UBA, não saí por aí procurando outros cursos e comparando preços. Mais informações:
  • As aulas são de segunda a quinta, de 11 às 13h;
  • O curso dura 02 meses. Ao final de cada curso há provas e o aluno aprovado recebe um certificado;
  • Em alguns períodos do ano (mas não neste) há cursos intensivos de 01 mês;
  • No total, são 03 níveis;
  • Alunos de origem de algum dos países-membro do Mercosul têm desconto (oh yeah!);
  • Custo: à vista 1.710 pesos ou parcelado em duas vezes, 900 e pouco pesos;
  • O material está incluído no preço.
A seguir, cenas do próximo capítulo...

2 comentários:

  1. Oi, Bete. Como está o curso de español? Hoje comecei a dar aulas de português para dois espanóis e lembrei de você aí aprendendo espanhol.
    Qué tál?

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    1. :/ Confesso que não estou super-mega-empolgada não, viu? A little bit disappointed!

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